Museu do Ipiranga inaugura Cinema no Museu, projeto que promove exibição de filmes brasileiros e debates com criadores das obras  

A programação é gratuita e busca conectar a linguagem audiovisual com as histórias presentes nas exposições e acervos do Museu 

O Museu do Ipiranga inicia um novo projeto, o Cinema no Museu, que prevê a exibição de filmes e documentários brasileiros, seguidos de debates com convidados que participaram da produção das obras. A programação será semestral, com entrada gratuita, e proporcionará ao público a oportunidade de aprofundar a reflexão sobre filmes que dialogam com as histórias e os temas abordados na programação do Museu.

A edição de estreia ocorrerá no dia 5 de abril, às 15h, no auditório, e será dedicada ao filme Tava, a Casa de Pedra (2012)produzido pela ONG Vídeo nas Aldeias, fundada pelo indigenista Vincent Carelli. Para o debate, foram convidados a realizadora audiovisual Patrícia Ferreira Pará Yxapy e o cineasta Ariel Ortega Kuaray Poty, que assinam a direção do documentário.

Cartaz do filme Tava, A Casa de Pedra (2012) / Foto: Vincent Carelli/Vídeo nas Aldeias 

O filme apresenta diversas dimensões do pensamento indígena em torno das chamadas Ruínas das Missões Jesuíticas dos Guarani, reconhecidas como Patrimônio Mundial, Cultural e Natural pela Unesco em 1983, localizadas nos territórios brasileiro e argentino. O filme recupera o direito dos povos indígenas à autodeterminação, o poder de contar suas próprias histórias. A obra foi produzida no início do processo que culminou com o registro da Tava como lugar de referência para a memória e a identidade do povo Guarani pelo IPHAN, título conquistado anos depois, em 2014.

“Os filmes selecionados para exibição, sejam documentários ou obras de ficção, são e serão aqueles que abrem a possibilidade de refletirmos sobre questões basilares da nossa história enquanto cidade, estado ou país, a partir de uma perspectiva artística, de uma linguagem que fala também à sensibilidade. Espero que esse espaço não só promova a produção audiovisual brasileira como também amplie as possibilidades de reflexão e imaginação sobre o passado”, afirma David William Aparecido Ribeiro, professor do Museu Paulista da USP responsável pelo projeto.

O documentário desta edição já teve outras exibições notáveis em instituições culturais como a exposição Terra, no pavilhão brasileiro da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2023, mostra que conquistou o prêmio Leão de Ouro daquele ano.

Sobre os convidados 
 
Patrícia Ferreira Pará Yxapy 

Realizadora audiovisual Mbyá Guarani. Mora na Tekoá Ko’enju, em São Miguel das Missões/RS, onde é professora desde 2006. Em 2007, co-fundou o Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema e hoje é a cineasta mulher mais atuante do projeto Vídeo nas Aldeias. É co-diretora TEKO HAXY – ser imperfeita, com Sophia Pinheiro. Dentre as premiações de seus trabalhos destacam-se os prêmios: Menção Honrosa – XIV FICA (2012) pelo filme Desterro Guarani; o Prêmio Cora Coralina de melhor longa no XIII FICA (2011); o Prêmio Melhor longa/média do III CachoeiraDoc e Menção Honrosa mostra Competitiva Nacional do forumdoc.bh 2011 pelo filme As Bicicletas de Nhanderu (2010). Em 2015 conquistou o Prêmio Melhor Curta Júri Oficial e menção honrosa Júri Jovem do VI CachoeiraDoc pelo filme No caminho com Mário. Em 2014 e 2015, participou de residências artísticas com os cineastas indígenas Inuit, no Canadá.

Ariel Ortega Kuaray Poty 

É cineasta e liderança Mbyá-Guarani, por trás de filmes aclamados como Duas AldeiasUma Caminhada (2008) e Bicicletas de Nhanderu (2010), juntamente com outros cineastas guaranis, por meio das oficinas do projeto Vídeo nas Aldeias. Ariel também dirigiu Desterro Guarani e Tava, A Casa de Pedra em colaboração com Ernesto de Carvalho, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Vincent Carelli. Ele é membro do Coletivo de Cinema Mbyá Guarani (Brasil) e do Coletivo de Cinema Ara Pyau (Argentina). Além disso, dirigiu o curta-metragem Nossos Espíritos Seguem Chegando (2021), com Bruno Huyer e Patrícia Ferreira Pará Yxapy. Atualmente, está circulando com A Transformação de Canuto, que dirigiu ao lado de Ernesto de Carvalho, pelo qual receberam diversos prêmios, entre eles o IDFA – International Documentary Film Festival Amsterdam (Holanda), nas categorias Melhor Filme e Melhor Contribuição Artística.

SERVIÇO 
Cinema no Museu 
Exibição do documentário Tava, a Casa de Pedra (2012)
5 de abril, às 15h
Auditório do Museu do Ipiranga
Inscrições on-line no site do Museu: Link 
Entrada gratuita
 
Acesso ao edifício monumento 

O acesso ao edifício monumento, no qual estão abertas as exposições de longa duração, se dá por meio de ingressos vendidos no site ou diretamente na bilheteria.

Museu do Ipiranga 

Endereço: Rua dos Patriotas, 100

Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última entrada às 16h). A bilheteria abre às 9h nos dias pagos e 10h nos dias de gratuidade (25 e 26/01)

Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

Gratuidades: Quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca para públicos específicos. Confira mais informações: museudoipiranga.org.br/visite/

Transporte público: De metrô, há três estações da linha 2 (verde) próximas ao Museu, Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada), Santos-Imigrantes (25 minutos a pé) e Sacomã (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).

Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompeia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).

Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°.

Bicicletas: para quem usa bicicleta, há paraciclos disponíveis próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.

Sobre o Museu do Ipiranga – USP 

O Museu do Ipiranga é uma das sedes do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, que também agrega o Museu Republicano de Itu. É um dos mais completos e modernos museus da América Latina, com 49 salas expositivas no edifício monumento, abrigando 11 exposições de longa duração que apresentam um panorama da História e da cultura material brasileira. São elas: “Passados imaginados”, “Uma História do Brasil”, “Para entender o Museu”, “Casas e coisas”, “Mundos do trabalho”, “Territórios em disputa”, “Ciclo curatorial – coletar”, “Ciclo curatorial – catalogar”, “Ciclo curatorial – conservar”, “Ciclo curatorial – comunicar” e “A cidade vista de cima”. O Museu também conta com uma sala expositiva no Piso Jardim, pronta para receber exposições temporárias que articulam os conteúdos presentes no edifício monumento a temas da atualidade.
 

A acessibilidade é tema estratégico do Museu, que busca ser inclusivo para todas as esferas da sociedade. Os recursos acessíveis figuram em todos os pavimentos do edifício, integrados às exposições.
 

A gestão do Museu do Ipiranga é feita pela direção do Museu Paulista, com suporte da Fundação de Apoio ao Museu Paulista (FAAMP).

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

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