Com a baixa procura por pets mais velhos, coordenadora de conteúdo veterinário da Petlove dá dicas e cuidados para ter um bichinho de idade em casa
Durante o enfrentamento da pandemia, muitas pessoas decidiram adotar animais domésticos como novos membros das famílias. Contudo, muitas famílias acabam adotando filhotes por impulso e muitos pets adultos passam longos anos na espera de um lar. De acordo com pesquisa do Instituto Pet Brasil, o número de pets que vivem em instituições e ONGs é de aproximadamente de 172 mil.
A coordenadora de conteúdo da Petlove, Jade Petronilho, fomenta a adoção de animais adultos e traz dicas importantes para quem deseja adotar um pet de maior idade. Animais com essa característica são ideais para quem procura por pets menos agitados, uma vez que já “descobriram o mundo” e por isso tendem a se meter em menos confusão. Outro benefício da adoção tardia é que o adotante já conhece o porte escolhido e por isso não terá surpresas.
Além disso, Jade explica que é preciso levar em consideração o temperamento e as necessidades do animal disponível para adoção. “O ideal é conversar com um médico veterinário, um comportamentalista e também com as pessoas que convivem com o pet, como é o caso de lares temporários”, afirma Petronilho. “Considere fazer visitas e interações prévias para escolher e conhecer a fundo o novo bichinho”, completa.
É também indicado fazer uma análise comportamental para entender o animal ideal para cada família. “Hoje em dia, algumas pessoas, assim como eu, fazem um trabalho específico para entender o tipo de pet que cabe melhor para cada família, levando em consideração diversos fatores a fim de fazer com que o animal e quem o adotou sejam felizes com essa mudança de vida”, enfatiza a coordenadora de conteúdo.
Após a decisão de adoção, o período de adaptação de um animal com maior vivência – e muitas vezes com alguns hábitos e traumas já firmados – é de extrema importância para o relacionamento entre ele e sua nova família. “Precisamos respeitar os medos e traumas que os animais possam ter, especialmente os que passaram por situações mais complicadas que na maioria das vezes não é de conhecimento da ONG e/ ou do adotante”, explica Petronilho.
Para adaptar o animal à nova casa e criar um bom relacionamento, é preciso demonstrar afeto e passar segurança. As adaptações e a forma de conduzi-las dependem muito do temperamento do pet, da rotina da casa, se possuem outros animais ou não e, claro, de qual espécie estamos falando. “Na dúvida, o ideal é que todo o processo seja acompanhado por um zootecnista, biólogo, médico veterinário comportamentalista ou outro profissional experiente e qualificado para essa tarefa” recomenda Jade.