Idas constantes ao veterinário, alimentação regrada, ambiente adequado e atenção extra na hora do banho estão entre as principais recomendações para manter o seu pet saudável
A preocupação com a saúde dos pets é tema central na vida de quem tem um bichinho. E não à toa: eles fazem parte da família e queremos a sua companhia pelo maior tempo possível. A boa notícia é que cada vez mais os pets têm conseguido levar uma vida longeva e, por isso, uma das maiores responsabilidades dos tutores é garantir que tenham uma velhice saudável e plena, com muita qualidade de vida.
De acordo com Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ―, o cuidado com o animal idoso deve ser redobrado depois de uma certa idade, e é preciso ficar atento aos sinais comuns a essa fase. “À medida que envelhecem, os pets passam naturalmente por uma série de mudanças e é preciso estar atento ao seu comportamento, a sua pele, pelos e apetite, além da falta de disposição para brincar e passear”, afirma.
A partir de que idade o animal é considerado idoso?
Determinar quando os bichinhos se tornam idosos depende de diversos fatores, incluindo raça, porte, genética, alimentação, entre outros elementos que podem interferir no envelhecimento do pet. Porém, de forma geral, cães de porte grande a gigante envelhecem mais cedo, variando entre 6 e 8 anos, enquanto cães de porte pequeno e médio, entre 7 e 10 anos. No caso dos gatos, também há uma variação, entre 8 e 10 anos, dependendo da raça do animal.
O avanço da idade nos animais acontece em pouco tempo e, muitas vezes, os sinais de envelhecimento não são tão evidentes, podendo passar despercebidos. Dessa forma, é ideal ficar atento à indicação de senioridade do animal de acordo com o seu porte, para que o intervalo entre as consultas no médico veterinário seja reduzido. Em geral, os check-ups de rotina devem acontecer a cada 6 meses.
Além de aumentar as idas ao veterinário e acompanhar mais de perto a saúde do pet, a veterinária Gisele Starosky destacou algumas dicas e cuidados que podem ajudar na qualidade de vida do pet idoso. Confira!
Atenção redobrada à alimentação
Como os animais idosos costumam ter bastante perda de massa muscular, os principais objetivos da nutrição de cães e gatos nessa fase é manter o peso corporal. Com o avanço da idade, o animal necessita de nutrientes que suplementem suas necessidades básicas, devendo ser de fácil digestão e com proteínas de alta qualidade, para a manutenção da massa muscular.
Suplementos alimentares são aliados
A administração de suplementos em cães idosos é interessante quando há necessidade de reposição das exigências nutricionais ou quando utilizados para prevenção e/ou tratamento de alterações de saúde. De forma geral, é interessante introduzir suplementos como os prebióticos e probióticos; imunoestimulantes; vitaminas; e antioxidantes. Lembrando que o emprego de suplementos deve ocorrer somente após a avaliação prévia de um médico veterinário.
Conforto acima de tudo
Os pets idosos precisam de um ambiente adaptado às suas necessidades fisiológicas, que garantam o seu conforto e a sua segurança. Quando estão nessa fase, é importante que o alimento e a água sejam dispostos em locais de fácil acesso, além de manter o ambiente com uma temperatura adequada e com boa iluminação.
Higiene em dia
A manutenção de regras básicas de higiene é importante, porém os banhos devem ser com uma temperatura agradável e a limpeza dos ouvidos deve ser realizada sempre que necessário. Além disso, é bom lembrar que, com o avanço da idade, alterações no comportamento são muito comuns. Algumas delas incluem micção e defecação em locais “errados”; alterações no sono; vocalização excessiva; diminuição dos hábitos de lambedura (em gatos); e diminuição da interação com outros animais e pessoas. Assim, é importante que o tutor observe o seu pet e reporte ao médico veterinário qualquer alteração no comportamento do animal, para que ele seja avaliado e, quando necessário, realizada a introdução de suplementos ou outros tratamentos.
Cuidados com a higiene bucal
Ao longo da vida do pet, medidas profiláticas dentárias devem ser realizadas de forma rotineira para evitar o aparecimento de uma série de complicações futuras, principalmente em idosos. Animais que não receberam higienização dentária adequada ao longo da vida, normalmente, acumulam bastante tártaro e isso pode acabar predispondo a alterações mais graves, como inflamação, sangramentos na gengiva e até mesmo perdas dentárias, causando muita dor e incômodo.
Utensílios diferenciados
Em alguns casos, os animais idosos apresentam complicações que demandam cuidados, como elevar o potinho de água de comida, principalmente em casos de limitação de locomoção e esforço. No caso de animais que possuem alguma sensibilidade e alteração bucal, a utilização de brinquedos mais macios é interessante, principalmente para evitar dores ou machucados na hora das brincadeiras.
Pet idoso também pode brincar
Brincadeiras e passeios aumentam a capacidade exploratória, sendo muito importantes para o desenvolvimento mental. Porém, conforme a idade aumenta, as brincadeiras devem ficar mais leves e com menos intensidade e os passeios mais curtos e suaves.