Referência nacional no tratamento de doenças onco-hematológicas há meio século, Pequeno Príncipe alerta sobre sintomas no Novembro Dourado
Durante o Novembro Dourado, mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, no dia 23/11, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, reforça a importância do diagnóstico precoce para salvar vidas. Nesse caso, descobrir a doença precocemente é fundamental para o sucesso do tratamento. Primeira causa de morte no Brasil entre crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos), o câncer pode ser curado em mais de 84% dos casos, desde que seja detectado em estágio inicial.
As informações são do Instituto Nacional do Câncer (Inca), segundo o qual a sobrevida também depende do tipo de câncer. A leucemia é o tipo mais comum no público infantojuvenil, seguida de tumores do sistema nervoso central, linfomas e retinoblastoma. Em crianças e adolescentes, a doença se desenvolve mais rápido e é considerada mais agressiva. Por outro lado, essa faixa etária responde melhor ao tratamento, e as chances de cura são maiores em comparação com um paciente adulto. Por isso, os sinais de alerta, o diagnóstico precoce e o tratamento assertivo são tão importantes.
A oncologista Ana Paula Kuczynski Pedro Bom, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que alguns sinais podem passar despercebidos por serem comuns em outras doenças, então pais e responsáveis devem estar ainda mais atentos aos demais sintomas. Além da febre persistente e queixas de dores, é preciso observar distúrbios visuais e reflexos nos olhos; palidez inexplicada; fraqueza constante; aumento progressivo dos gânglios linfáticos; manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas; dores de cabeça, acompanhadas de vômitos; perda de peso, com aumento/inchaço na barriga; e suores constantes e prolongados.
Referência
Referência há mais de meio século no tratamento oncológico para crianças e adolescentes, o Serviço de Hematologia e Oncologia do Pequeno Príncipe é o mais importante centro para tratamento de câncer pediátrico do Paraná e um dos principais do Brasil. A chefe do serviço, Flora Mitie Watanabe, destaca os avanços da instituição com a união entre pesquisa, ciência e tecnologia.
Os estudos do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP), aliados às modernas e complexas análises genéticas do Centro de Diagnóstico Avançado Pequeno Príncipe, têm contribuído para a precisão diagnóstica e adoção de um tratamento ainda mais assertivo.
Altamente especializado no tratamento de câncer infantojuvenil, como tumores sólidos, e doenças hematológicas malignas e não malignas, o serviço também é referência para internamento de pacientes com hemofilia e anemia falciforme. Oferece consultas, suporte laboratorial, exames de imagem e tratamentos cirúrgicos e quimioterápicos.
Outro diferencial está na sua estrutura de suporte. Como o Hospital dispõe de atendimento em 35 especialidades médicas, a equipe de oncopediatras conta com especialistas das mais diferentes áreas, para compor o grupo de atenção aos pacientes. Somam-se às equipes médicas os profissionais de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos e assistentes sociais.
Com 80% de seus pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde, o serviço atende a cerca de cem novos casos de câncer infantil por ano, com predominância das leucemias, dos tumores do sistema nervoso central e dos tumores abdominais. “Diariamente fazemos cerca de 30 sessões de quimioterapia e 35 consultas”, informa a médica.
A instituição também disponibiliza uma cartilha para famílias que estão enfrentando a doença. O download gratuito pode ser feito pelo link:
http://pequenoprincipe.org.br/projetosabermais/manual/apj_fab_onco_01.pdf.
Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 378 leitos, 68 de UTI, e em 2021, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, foram realizados cerca de 200 mil atendimentos e 14,7 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.