Coordenador do curso de biomedicina do UDF explica todos os riscos e técnicas do procedimento
Com o avanço das tecnologias e inovações, é perceptível que a área da estética e beleza vem crescendo cada vez mais. A harmonização facial, um grupo de técnicas e procedimentos estéticos que tem como intuito atenuar marcas de expressão, sulcos e sinais que geram incomodo no paciente não ficou de fora do radar daqueles que adoram mudar.
Segundo o coordenador do curso de Biomedicina do Centro Universitário do Distrito Federal, Krain Santos de Melo, é possível citar desde a toxina botulínica, ao preenchimento facial com ácido hialurônico, fios de sustentação e procedimentos correlacionados – que podem ser realizados isoladamente ou em conjunto. “Entende-se que o baixo custo relativo, recuperação rápida e poucas intercorrências pós-procedimento ajudam a popularizar as técnicas – tornando a harmonização famosa e desejada.”
“Os profissionais que são aptos a realizar este procedimento são os dermatologistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas, biomédicos e farmacêuticos, todos devem ter especialização em estética. Os maiores riscos ao realizar a harmonização residem na falta de capacidade e em se escolher um profissional não habilitado ou especializado para executar a técnica. Infelizmente, com a grande procura por procedimentos estéticos, diversos profissionais não habilitados a (diante da tentação) estão atuando na área, o que pode levar muitas pessoas a um processo arriscado”, explica.
O professor Krain diz ainda que, os riscos ao realizar harmonização por um profissional não habilitado vão desde inflamações e infecções até a necrose. Além disso, o uso excessivo de preenchedores, aplicação errônea da toxina botulínica, que pode, de forma errada, ser aplicada numa artéria ou vaso indevido. “É importante também ponderar as quantidades, pois acima do sugerido, as complicações tendem a ser gravíssimas, e tem estudos que mostram até mesmo casos de AVC”, completa.
Caso haja complicações, os cuidados tendem a variar de acordo com o paciente e procedimentos realizados. No geral, pede-se para evitar tomar sol nos dias seguintes e sempre usar o protetor solar, não realizar massagens faciais ou fazer movimentos bruscos na face, evitar o uso de maquiagens ou dermocosméticos nos dias posteriores, além de evitar atividades físicas intensas no dia de tratamento. Em caso de qualquer indício de complicação, o paciente deve informar o profissional que realizou o procedimento de forma imediata.
Krain explica que o tempo de duração do procedimento estético é variável, mas não dura para sempre. A aplicação de ácido hialurônico dura até 2 anos, enquanto o botox tem duração de seis meses a um ano. Contudo, sempre variando de paciente para paciente.
O coordenador de Biomedicina do UDF conclui que não é possível afirmar que a mudança ao realizar o procedimento é completa. “A harmonização tende a atenuar características que desagradem o paciente e, muitas vezes, destacar características que ele goste. Um bom profissional sempre alerta o paciente sobre expectativas irreais e resultados que tendem a sair do natural. Mesmo que de forma tênue, se realizado de forma prudente, os procedimentos tendem a gerar excelentes resultados.”