Especialista explica como o aminoácido é capaz de auxiliar o sistema imunológico e muscular
Entre os muitos aminoácidos que contribuem para estrutura do corpo humano está a glutamina, presente em grandes quantidades no organismo e capaz de participar de diferentes vias metabólicas.
Por ser produzida pelo organismo, ela pode ser classificada como aminoácido não essencial, entretanto, em situações críticas como doenças ou estresse, recuperação de queimaduras, cirurgias, desnutrição ou exercícios físicos de alta intensidade, a síntese de glutamina pelo organismo pode ser incapaz de suprir a demanda orgânica, passando a ser classificada como “aminoácido condicionalmente essencial”, o que faz com que haja necessidade de ser obtida por meio da alimentação ou da suplementação.
Na vida dos atletas ou praticantes de atividades físicas, por exemplo, a glutamina exerce uma função muito importante, uma vez que pode proteger os músculos e ajudar a evitar possíveis danos celulares. “Quando o corpo é submetido a exercícios de alta intensidade e duração, a L-glutamina presente no organismo é consumida a fim de evitar o dano muscular causado pelo estresse oxidativo que ocorre nessas condições. Dessa forma, sua concentração sanguínea pode reduzir rapidamente, o que sugere algum tipo de reposição, que pode ser dieta ou por meio de suplementos que realmente garantam sua absorção”, comenta a doutora em Ciência dos Alimentos, Hellen Maluly, consultora da Ajinomoto do Brasil.
A glutamina também contribui para a manutenção da integridade das células do intestino, chamadas de enterócitos, e desempenha um papel importante como um componente auxiliar para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais. Ao resguardar os enterócitos, a glutamina pode colaborar para a absorção adequada de nutrientes, o que pode reduzir a produção de agentes que atuam promovendo o processo inflamatório na mucosa intestinal.
“A glutamina também participa de mecanismos que podem contribuir para a redução dos efeitos imunossupressores para qualquer indivíduo que necessite de suplementação para manutenção das células intestinais, incluindo atletas. Porém, assim como qualquer outro aminoácido ou suplemento, seu consumo deve ser feito sob orientação e indicação de profissionais de saúde habilitados”, explica a doutora em Ciência dos Alimentos, Hellen Maluly, consultora da Ajinomoto do Brasil.