Neste ano, a Black Friday, que acontecerá no dia 29 de novembro, promete ser a maior e mais abrangente, com 69% das pessoas sabendo em quais categorias pretendem fazer as compras, em um gasto médio de R$ 1.330,00. Isto é o que aponta um estudo realizado pelo Google e a Provokers – empresa de consultoria e pesquisa em marketing – com participação de 1,5 mil entrevistados de todas as regiões do país. Para que a oportunidade de obter diversos tipos de produtos não se torne um pesadelo, é necessário que os consumidores estejam atentos aos golpes da internet, que aumenta consideravelmente nesta época do ano.
De acordo com um estudo feito pela Konduto – antifraude para pagamentos online – 1,43% das compras realizadas durante a Black Friday 2018 foram feitas com cartões de crédito clonados. Esse índice levou em consideração 2,1 milhões de compras realizadas em mais de 2 mil lojistas, entre os dias 22 (quinta) e 25 de novembro (domingo). Porém, o dia de promoções com mais tentativas de fraude foi a própria sexta-feira, com 1,72%. Já os segmentos com maiores taxas de tentativa de fraude foram eletroeletrônicos (11,21%), casa/decoração (2,89%) e esporte/lazer (2,80%).
Segundo Ralf Germer, CEO da PagBrasil – fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo – apesar do período oferecer mercadorias com valores mais baratos, existe também a possibilidade de fraudes que, com um pouco mais de atenção, podem ser prevenidas com facilidade. “Tem ofertas publicadas na internet ou em plataformas de redes sociais que na verdade são vendas de produtos que não existem ou nunca vão ser entregues aos clientes. Antes de realizar uma compra, é importante consultar sites como o Reclame Aqui para ter certeza da reputação do vendedor”, comenta.
Se por um lado preços competitivos, diversidade de peças e objetos, comodidade e segurança nos mais variados segmentos de consumo fizeram o comércio eletrônico ganhar força no Brasil, as fraudes financeiras também vêm se tornando cada vez mais sofisticadas, sendo comum encontrar produtos ou serviços com custos muito abaixo do esperado nessa época do ano. Para Rodrigo Camargo, head de moderação do Promobit – social commerce que reúne as melhores ofertas da internet – ferramentas online ajudam o consumidor a saber se a oferta está mesmo no menor preço.
“Existem comparadores de preço e comunidades voltadas à economia que vêm se tornando cada vez mais relevantes. No Promobit, por exemplo, os usuários compartilham ofertas diariamente, que são verificadas uma a uma para garantir que estão entre os menores valores registrados nos últimos meses. Além disso, o consumidor pode cadastrar produtos para ser alertado quando entrar em promoção”, explica o empreendedor.
O Promobit recebe cerca de 800 ofertas diariamente, mas durante a Black Friday a média cresce 124%, ou seja, cerca de 1792 ofertas.
Para que que o consumidor possa se prevenir de ofertas falsas na Black Friday, listamos as outras dicas abaixo:
1- Verifique se a promoção é de um site oficial:
De acordo com Fábio Carneiro, head comercial e cofundador do Promobit, muitos fraudadores criam páginas muito semelhantes à de grandes portais e-commerce. Desta forma, é importante sempre verificar se a URL da página corresponde ao da loja oficial. “Sites comprovadamente seguros, plataformas que confirmam a veracidade das promoções e a segurança dos consumidores são os mais indicados para compras. Especialmente nessa época do ano, diversos endereços eletrônicos apresentam ofertas ‘imperdíveis’, fazendo com que o consumidor fique mais suscetível a cair em golpes”, afirma.
2- Sempre finalize a compra dentro do ambiente do site:
De acordo com Ralf Germer, CEO da PagBrasil, após finalizar o pedido é comum que os fraudadores tentem direcionar o comprador para fora do ambiente da loja virtual para efetuar o pagamento. Este caso é muito comum especialmente em marketplaces, com anúncios de vendas falsas.
“O fraudador tenta convencer a vítima de pagar um boleto (fraudado) ou realizar uma transferência bancária. Vale a pena lembrar que todo boleto emitido é registrado pelo Banco Central, com dados do beneficiário e do pagador. Antes de efetuar o pagamento, é importante que o consumidor verifique se a tela de confirmação exibe os mesmos dados constatados no boleto. Qualquer divergência de dados pode indicar uma fraude”, ressalta.
3- Nunca compartilhe seus dados pessoais com terceiros:
Ainda segundo Ralf Germer, as pessoas nunca devem compartilhar os seus dados de CPF e cartão de crédito via SMS, redes sociais ou aplicativos de mensagens. “Essas informações são exigidas apenas no momento do checkout na loja virtual, de modo a garantir uma compra segura”, finaliza.