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Para o veterinário Jorge Morais, da Animal Place, castração é a principal forma de combater a doença, principalmente no caso das fêmeas
A campanha “Outubro Rosa”, que alerta sobre os perigos do câncer de mama e a importância da prevenção, não se limita somente aos humanos. O tumor também é comum em pets. “Apesar de ocorrer em machos, a doença é muito mais frequente nas fêmeas, pois, na maioria dos casos, está relacionada a disfunções ovarianas. A produção de hormônios em excesso acaba estimulando o desenvolvimento mamário de forma desordenada, o que favorece a formação dos nódulos”, alerta o veterinário Jorge Morais, fundador da rede Animal Place.
O desenvolvimento do câncer de mama também acontece por conta da presença de hormónios injetáveis utilizados para inibir o cio ou devido a má alimentação. “Uma dieta gordurosa provoca obesidade e os animais obesos têm maior risco de apresentarem a enfermidade. É preciso se atentar aos hábitos alimentares e o valor nutricional do que é oferecido ao pet”, complementa o especialista.
Para evitar que o câncer evolua para uma Metástase, ou seja, o aparecimento do tumor em outras partes do corpo do animal, os donos devem castrar os pets, especialmente as fêmeas, ainda em fase juvenil. “Se por acaso isso não foi feito, a recomendação é realizar exames nas cadelas ou gatas frequentemente. O teste é semelhante ao autoexame que as mulheres fazem, basta palpar a região das mamas e, ao notar qualquer protuberância, procurar um médico veterinário o mais rápido possível. E, caso algum tumor seja identificado é fundamental realizar um raio X do tórax o quanto antes, para eliminar a suspeita de metástase pulmonar”, finaliza.